quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Independente e de qualidade


Cinema hoje em dia é sinônimo de grandes produções, onde altos orçamentos são usados para produzir o melhor efeito, a melhor imagem. Porém, para produzir cinema de qualidade não é necessário possuir apenas equipamentos de última geração, é preciso ter talento e muita dedicação. A prova disso são os tantos curtas metragens produzidos pelos coletivos audiovisuais espalhados por Belém. A produção independente merece um espaço especial aqui no Cool Hunting Belém para divulgar seus trabalhos.  


Atualmente formado por 9 membros, o Quadro a Quadro, foi fundado em 2012. Vince Souza, um dos membros, nos conta qual é o principal objetivo do coletivo: "A nossa intensão é produzir os nossos filmes, fazer mostra de nossos trabalhos ou com outros coletivos." O Quadro a Quadro possui 5 curtas produzidos, e você pode e deve assistir todos eles aqui.
O cenário audiovisual vem crescendo cada vez mais em nossa cidade, mas as produções sempre esbarram em alguns problemas, como conta Vince: "A maior dificuldade de se produzir curtas aqui no estado talvez seja a falta de editais para a produção local. O Dia Seguinte, que foi o primeiro curta, foi selecionado no primeiro e único edital da Associação Fotoativa, onde eles ofereciam apenas o equipamento pra filmar. Já o segundo, Espelho e Silêncio, além de depender do equipamento dos membros do Quadro a Quadro, o IFPA (Instituto Federal do Pará) deu um apoio. Então por isso contamos apenas com a boa vontade dos parceiros".


A falta de oportunidades para produzir audiovisual e a insatisfação quanto ao pouco conteúdo que era transmitido na sala de aula fez com que estudantes de Comunicação Social da Universidade Federal do Pará (UFPA) formassem o Ver-o-Take. O coletivo já tem um ano e meio de existência e além de ter agregado estudantes de outros cursos como Arquitetura e Artes Visuais, carrega alguns prêmios na bagagem. Mas é claro que tudo foi conquistado com muito suor.
Apesar das dificuldades na hora das produções, o que falta em equipamentos, sobra em boa vontade e desejo de produzir. Membro do Ver-o-Take, e diretor do curta "Epitáfio", vencedor na categoria Desenho de Som da última edição do Festival Osga de Vídeos Universitários, Gustavo Aguiar, fala um pouco mais da sua relação com o audiovisual: "Descobri que a produção audiovisual é o que me deixa mais à vontade e o que me realiza enquanto profissional (PS: eu estudo pra ser jornalista). Apesar disso, ainda não visualizo que eu vá ter uma carreira na área do cinema, mas assim como a produção audiovisual simplesmente surgiu na minha vida, talvez eu me especialize na área e vá viver esse mundo intensamente. Quem sabe?".

Para incentivar o cenário audivisual na capital paraense, entre os dias 17 e 20 de setembro ocorreu o Festival Audivisual de Belém (FAB), onde por sinal, foram selecionados "Espelho e silêncio" e "Epitáfio" para a mostra. Porém não é necessário esperar festivais para assistir filmes independentes de qualidade. Por esse motivo, você vai saber em primeira mão aqui no Cool Hunting Belem sobre qualquer curta independente que esteja sendo exibido pela cidade. O nosso dever é buscar tudo que é novo, e o seu é apreciar e apoiar os trabalhos de qualidade que estão sendo produzidos.

Daniel Sasaki

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Amsteradio: entre coxinhas de frango e meninas indies

Gabriel Franco (vocal e guitarra), Igor Duarte (baixo) e Antonio Cheskis (bateria)

Em 2010, em um certo colégio de Botafogo, no Rio de Janeiro, surgiam algumas bandas formadas por grupos de estudantes. E os jovens Gabriel Franco, Pedro Motta (ex-baixista) e Antonio Cheskis, três garotos que ficavam vendo essas bandas aparecerem e sentindo uma pontinha de inveja delas. E finalmente um dia eles resolveram montar a sua própria banda. No início tocavam covers, como qualquer banda iniciante, mas depois decidiram levar a banda mais a sério. Em maio de 2012, já nomeados de Amsteradio (a pronúncia fica ao gosto do freguês) e com o novo baixista, Igor Duarte, começaram a gravação do primeiro EP.



Hoje a banda faz shows no Rio de Janeiro e em São Paulo com um considerável público (e não são só os amigos da banda) que sabe as letras na ponta da língua e acompanham os garotos no repertório. Garotos simpáticos, já na casa dos 20 anos, que fazem um som bacana com letras divertidas sobre o cotidiano dos jovens indies, hipsters, ou nem tão alternativos assim. E aqui está a entrevista exclusiva que eles deram para nós falando sobre músicas, meninas indies, futuro e tudo mais.


CHB - As letras das musicas de vocês geralmente são piadas internas, mas muitas pessoas, inclusive de outros estados, se identificam com elas. O que essas pessoas tem em comum com vocês?

AMSTERADIO - Talvez essas pessoas tenham um grupo de amigos parecidos com os nossos, e então acabam se identificando. Não dá pra dizer que todas as músicas são piada interna, mas é realmente um espanto quando alguém desconhecido ou até mesmo de fora do Rio diz que gostou de De novo no Fornalha ou LUI!, imagino que já tenham passado por algo similar ou sei lá, vai ver se identificaram por outras razões.

CHB - A música mais famosa de vocês, o single, é a Cansei de Menina Indie, certo? Como é essa menina indie?

AMSTERADIO - (Risos) A música é na verdade uma grande piada. É sobre uma amiga nossa, que na verdade nem é tão indie assim e na real ela odeia essa música.

CHB - A música Superestação fala sobre uma garota bem alternativa, que gosta de câmera retrô, filmes cult, e bandas underground e por isso ela é idealizada por muitos garotos. Seria ela a mesma garota da música Cansei de Menina Indie? Era intencional fazer essa sequência? As músicas parecem se encaixar bem. 

AMSTERADIO - Na verdade não, Superestação é bem anterior, das que a gente tem gravadas é a mais antiga e são de situações bem diferentes (risos), mas é legal pensar que uma é continuação da outra, é como se a gente tivesse caído na armadilha de novo.

EP da banda. Imagem: Google
CHB - Que bandas vem na cabeça de vocês na hora de compor os acordes? Quais as influências? 

AMSTERADIO- Essa pergunta de acordes é bem difícil, mas lembro que na época em que eu (Gabriel Franco) me doutrinava pra “aprender” a compor escutava muito Libertines e Beatles. Realmente prestava atenção nas sequências de acordes que são muito boas! Certamente aprendi um bocado daí. É sempre chato falar que tem influências de A a Z, mas também não dá pra dizer que a gente nunca soube quais eram as coisas que nos davam vontade de tocar e/ou usar como referência. 

No início, quando estávamos começando a compor, Libertines foi decisivo, não só pelas boas sequências de acordes, mas porque também era a banda “cool” pro pessoal que andava com a gente na época. Acho que uma coisa que influenciou também foram bandas de amigos, tipo os extintos Novos Canalhas, inclusive fazemos cover de uma música deles. Na hora de escrever talvez as letras do último disco do Pullovers (de São Paulo) tenham me motivado de alguma forma, eu queria fazer de um jeito que ficasse parecido, e também alguma coisa do Pinkerton (1996) do Weezer, mas não sei (risos). Acho que nunca dá pra confiar muito em uma banda que sabe EXATAMENTE o que está fazendo. Hoje em dia estamos ouvindo coisas bem diferentes. Uma banda bem atual que eu e Antonio adoramos é o FIDLAR, da Califórnia. Dos discos que eu mais tenho ouvido esse ano tem Violent Femmes, Pavement, Elliot Smith, Mulheres Q Dizem Sim... talvez venha alguma coisa daí.

CHB - Como tem sido os shows? As pessoas já tem as letras na ponta da língua pra cantar junto? 

AMSTERADIO - Segundo o Antonio, é uma surpresa ver que temos um público (risos). Antes a platéia era 100% composta de amigos nossos e hoje em dia a gente não conhece uns bons 80%, que, por sinal, cantam todas as musicas e já sabem o setlist inteiro! É meio raro aqui no Rio as pessoas irem em shows de bandas independentes sem conhecer nenhum dos integrantes, mas acho que isso tem meio que acontecido com a gente, é realmente engraçado ver uma galera totalmente desconhecida que sabe as músicas e canta as letras.

CHB - Sobre o CD, tem previsão para a data de lançamento? Vão ser as mesmas músicas do primeiro EP ou terá inéditas? 

AMSTERADIO - Não sabemos (risos). As coisas estão indo com bastante calma, acredito que o CD, que na verdade deve ser um EP um pouco maior que o convencional, vai sair lá pra dezembro ou no máximo em janeiro de 2014, mas não dá pra colocar uma data agora. A gente tá regravando/remixando algumas músicas que estão no EP antigo e single e isso tudo vai juntar com músicas inéditas sim.

CHB - E clipe? Vai sair um de Cansei de Menina Indie? 

AMSTERADIO - Talvez sim, talvez não. Gostaríamos de fazer um clipe dessa música, mas a gente vai botar em prática o que parecer mais divertido ou que for a melhor ideia, não necessariamente será dessa... então não dá pra prever (risos).




Para escutar mais: Soundcloud

Isabella Moraes

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Belém de todas as tribos, de todos os riscos

Quem são os riscados da atualidade? Será que a tatuagem é apenas mais uma entre tantas tendências por ai? Tatuagem tem relação direta com caráter?

Por mais que a tatuagem tenha perdido parte da fama negativa que levava há alguns anos, ainda existem, na cabeça de algumas pessoas, vários questionamentos sobre tatuagem e sobre as pessoas tatuadas, mas é importante compreender que a arte de se riscar pode exibir diversas possibilidades, como mostrar seus hábitos, seus amores ou contar a história da sua vida por meio da própria pele. Durante um longo período a tatuagem foi associada à marginalidade e como uma expressão artística exclusivamente masculina, mas nos últimos anos é visível o aumento do número de mulheres se tatuando e mostrando que a arte da tatuagem não é um amor apenas dos homens.


Foto de divulgação


O II Tattoo Day Belém, ocorrido no último fim de semana mostrou ao público um pouco desse mundo de diversidade, aplicado especialmente ao público paraense. O evento contou com atrações culturais, workshops, lojas com as principais novidades do mercado recém chegadas em Belém, o concurso de Miss Tattoo e principalmente diálogos sobre tatuagem e sobre modificações corporais.

Paulo Raphael, do Paulo Tattoo Studio, conta que sua história com a tatuagem começou desde cedo e que o seu estúdio fora praticamente sua creche. Sua relação com os rabiscos começou basicamente pelo desenho e ele contou com o apoio do pai para começar sua carreira como tatuador. Ele revela também que seu trabalho é fruto de muito empenho e dedicação dos desenhos até à compra das máquinas para tatuar. Paulo se inspira bastante no pai, mas afirma que seu maior combustível é a vontade de fazer mais e melhor, de não contentar-se com qualquer resultado e se aperfeiçoar sempre.

Tatuador Paulo Raphael (Foto: Rafael Monteiro)

Apesar de não concordar muito com a imagem negativa que a mídia construiu sobre as modificações corporais, Paulo afirma que a televisão e a mídia como um todo tiveram grande importância para a popularização da tatuagem. Para ele, o problema é quando a pessoa só está fazendo uma tatuagem porque um determinado cantor ou artista faz. Ele acrescenta que sempre procura inspirar o cliente a usar a criatividade para criar um desenho único, diferente dos muitos desenhos frequentemente repetidos nos estúdios.

Sobre mercado de trabalho, sem ser o da tatuagem, ele diz que o preconceito, mesmo que em médias proporções ainda é muito presente e quando um tatuado procura emprego, na maioria das vezes os empregadores dificultam o acesso a vaga quando veem um candidato com esse perfil, para essas e outras problemáticas e ele afirma que é preciso acreditar e provar que  “As pessoas trabalham com a mente e não com a imagem”.

Fotografia: Rafael Monteiro

Jayme Katarro, da banda Delinquentes, afirma que eventos como esse são de suma importância por unir o amor a tatuagem com a desmarginalização da mesma, além de ampliar sua visibilidade para outros grupos de pessoas.

E no bate papo com algumas das candidatas ao Miss Tattoo - Anna Chilli, Crispriest Halford (Cristina Almeida - a vencedora do Miss Tattoo), Yumi Ribeiro e Meg Rufino, se torna visível que a questão de estilo ainda é um pouco estranhada pelo público em geral quando a pessoa de fato assume seu estilo e mais uma vez, é frequente o problema com argumentos do tipo “tatuagem é coisa de marginal”, “você está perdendo a feminilidade fazendo essas coisas”, mas para elas o importante mesmo é ser feliz vivendo a sua arte colocando na pele coisas que proporcionem a sensação de encontrar a verdadeira identidade de cada uma em cada rabisco.

Fotografia: Rafael Monteiro

Além destas conversas, em termos de mercado, é importante observar que já existem produtos a venda no estado especialmente para a pele tatuada como protetor solar que protege tanto a pele quanto a tinta, cicatrizantes, hidratantes e pigmentos ideais para se tatuar a cuidar da pele parda e negra já que cada tonalidade de pele requer cuidados específicos. Estas informações foram dadas pelo Chiko Kahwage, da CKK Arte de Rua.

Entrevista com Chiko Kahwage (Foto: Rafael Monteiro)
O que vale mesmo levar em consideração é que não há mais tempo para levarmos apenas estereótipos em conta, e que não só a capital paraense como o restante do país está com as diferenças de seu povo cada vez mais destacadas e que isso de certa forma é necessário para a construção da identidade contemporânea. Além disso você não precisa mais ter medo de viver seu estilo. 

Luana Coelho

sábado, 14 de setembro de 2013

II Tattoo Day Belém acontece neste final de semana


Você tem tatuagem? Quer ter ou é curioso sobre o assunto? Pois saiba que não só os desenhos em si como o mercado da tatuagem nunca estiveram tão em alta como na atualidade. Dados do Sindicato das Empresas de Tatuagem e Body Piercing do Brasil (Setap-BR) mostram que esse ramo cresce cerca de 20% ao ano. 

O crescimento de mercado amplia possibilidades e provoca um aumento do número de profissionais da área, mas por outro lado o esforço hoje é maior para se inserir com qualidade nesse meio. E em busca da qualificação, os tatuadores mais experientes podem ser considerados verdadeiros artistas já que vários deles ampliam suas qualificações com o conhecimento de outros tipos de arte, ou seja, ser tatuador requer dedicação.


E mesmo com o destaque que o setor vem ganhando, algumas pessoas ainda encaram as intervenções corporais com preconceito, e esta é uma das barreiras que a segunda edição do Tatoo Day Belém quer quebrar. Na capital paraense não só o número de pessoas tatuadas tem aumentado, como também o número de estúdios e profissionais especializados. 

Neste ano são esperadas cerca de 12 mil pessoas. E todos aqueles que passarem pelo Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia vão poder participar de palestras, visitar estandes, assistir ao concurso da Miss Tatoo e é claro, fazer tatuagens ou colocarem piercing (na hora). Além de várias atrações regionais e nacionais que prometem animar os participantes. 

A edição 2013 do Tatoo Day Belém conta com três convidados de peso: os paulistas Moreno Simões e Fábio Alabarce e o peruano Marcus Droman. Eles ministraram workshops para os profissionais paraenses no primeiro dia de evento (13) e nos outros dias estarão em um estande à disposição de quem quiser conhecer os seus respectivos trabalhos.

E é claro que o Cool Hunting Belém não poderia ficar de fora. Nos dias 14 e 15 de setembro estaremos por lá selecionando o que há de mais interessante para te mostrar. 

Quer mais informações sobre o Tattoo Day Belém 2013? Confira o teaser abaixo e acesse o site.





Luana Coelho

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Conheça o ilustrador paraense Robson Siqueira



Suas ilustrações são pura atitude HardCore, é arte underground da melhor qualidade. Para quem não conhece, apresento Robson Siqueira, um cara que desde pequeno só queria desenhar e sentir o prazer de missão cumprida.


Sua arte é, segundo ele mesmo, até hoje cheia de resquícios de figuras que no inicio o influenciaram bastante na linha criativa que ele tomou pra sua carreira, “por exemplo o Simon Bisley, Sam Kieth, Bill Sienkiewicz, Kevin O'Neill e até o Jim Lee” .


O fato é que hoje este Belenense é referência no que diz respeito às “ilustras”, trabalho já reconhecido até mesmo pela famosa revista da galeria de arte GotazKaen, em sua segunda edição.

Quando perguntado sobre os planos que ele tem para a sequência de sua carreira, foi um tanto quanto poético, “Eu não sou muito de fazer planos, mas também não gosto de ficar de braços cruzados esperando a oportunidade cair no meu colo, acho que se você quer algo de verdade, tem que dar a cara a tapa e correr atrás”. E esse atrás quer dizer que ele está indo para São Paulo no fim desde ano, em busca não só de mais mercado, mas sim de absorver tudo que a capital da América Latina tem a lhe oferecer. 

Você já conhecia o Robson? Se ainda não, dá uma passadinha aqui para conferir um pouco mais do trabalho dele.
 Caio Vieira

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Top 10: Dia do Sexo

Como não podíamos deixar este dia passar em branco, resolvemos trazer um convidado especial para fazer uma playlist digna deste 6/9. Ok, a gente sabe que certamente todos vocês tem uma hot list ai no gatilho, e pensando nisso resolvemos trazer um top mais alternativo para que possas renovar a tua playlist, afinal, não é à toa que esse blog se chama Cool Hunting Belém.

Chega de enrolar, né? A seleção especial para o Dia do Sexo foi feita pelo Wagner Cardoso, que pra quem não sabe é o criador de uma das páginas de maior sucesso no Facebook, a Cantadas de Indie. A fanpage ultrapassa as 65 mil curtidas e todo dia traz dicas de cantadas que envolvem grandes hits musicais. Se ainda estás sem companhia para comemorar o dia de hoje, vale a pena dar uma passadinha por lá e aplicar uma das cantadas. Com o Brandon Flowers, vocalista do Killers, funcionou!





Agora chega de enrolar, prepara toda a tua sensual seduction e manda a ver!

10 – Pra começar, uma das melhores músicas do Arctic Monkeys. “In my imagination you're waiting lying on your side, with your hands between your thighs”. Imaginar uma situação dessa, quem nunca?





09 - O nome da canção é auto-explicativo. Uma mulher submissa faz parte da fantasia de todo homem.





08 - Rhye é uma daquelas bandas maravilhosas que ninguém conhece. E eles só fazem fuckmusic. Escolhi essa faixa só porque é a mais convidativa: “Make love to me one more time before you go away...” Pra ter o clima ideal pra uma noite de amor, é só colocar o álbum deles pra tocar. #ficaadica





07 - Josh Homme exala testosterona e é capaz de levar suas fãs ao orgasmo com um piscar de olhos. E quando ele resolve dizer que quer fazer aquilo então... As mina pira. 





06 – Outro craque na nobre arte de compor fuckmusic é o The Weeknd. O R&B aliado à sedutora voz do rapaz é uma combinação perfeita. “I'mma touch you right (let me sip this slow), I'mma touch you right (let me get inside my zone)”.  Outra frase marcante dessa canção fica por conta da participação especial do Drake: “Sit yo sexy ass on that couch. Wipe that lipstick off of your mouth, I take it slow, she in love with my crew…”. Sem mais. 





05 – As letras do The xx não são tão provocativas, mas o instrumental minimalista e os sussurros do casal de vocalistas nos fazem imaginar que estão cantando durante uma noite de amor.




04 – Essa é um clássico moderno das fuckmusic e não deve ficar de fora de nenhuma lista.





03 – The Weeknd é tão fodão que merece ter outra música nessa lista. Dessa vez, como um homem solitário pedindo pra ser amado mesmo que de mentira: “So tell me you love me only for tonight, only for tonight, even though you don't love me”. Profundo.





02 – Talvez o maior clássico das músicas pra fazer coisinhas no escuro e ainda com um toque de S&M.





01 – A soma “Sexo + Tesão” já é incrível, mas quando é “Sexo + Amor” é perfeita, por isso o primeiro lugar fica com a apaixonadíssima Beyoncé. “We ain't got nothing without love. Darling, you got enough for the both of us. So come on, baby, make love to me”. Lindo.



E aí? Já tinhas alguma dessas na tua lista? Então acrescenta logo!
O Wagner fez a lista dele, mas também queremos saber da sua. Qual música é a tua trilha sonora para o Dia do Sexo?

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Do sofá para a TL

O dia-a-dia da chamada Geração 2.0 está diretamente ligado à conectividade, interação e agilidade. Todo tipo de assunto vira pauta e todos podem comentar. Por consequência disso, os aspectos da cultura digital foram reinventando e incrementando antigos hábitos da população.



Que atire a primeira pedra aquele que nunca comentou sobre alguma programação da TV nas redes sociais, principalmente no Twitter. Seja sobre o que está acontecendo ou devia acontecer na novela, aquele pênalti não marcado ou até mesmo reclamando de quem fala de novela e futebol nas redes sociais. As novelas das 9, que aliás, são uma velha paixão do povo brasileiro, dão o que falar no microblog, bastar estar online no horário nobre para se deparar com inúmeros comentários sobre o novo bordão de Félix, ou outro acontecimento sem pé nem cabeça que quase sempre vai parar nos Treedings Topics


Esse fenômeno atual é tão perceptível que já demonstra a sua importância, tanto que vira e mexe se torna tema de estudos. O estudante do 6º semestre de Comunicação Social - Jornalismo, Carlos Fernando Pinheiro, é usuário assíduo das redes sociais, e por ser apaixonado por futebol também costuma tecer seus comentários sobre os jogos em seu Twitter, além de achar que por ter acesso à outras pessoas que falam sobre o mesmo tema, consegue fugir dos comentários tendenciosos que os narradores das grandes emissoras realizam durante as partidas

Carlos decidiu não apenas ser mais um que faz uso das novas mídias e resolveu escrever sobre. Ele justifica o seu interesse "Resolvi estudar este tema, primeiramente, porque gosto demais tanto de futebol, quanto de Twitter. Também quis entender o motivo de ter tanta gente acompanhando, e um dos principais motivos citados foi o mesmo que o meu. Além do bom humor dos twitteiros e o respeito com o comentário das pessoas, é claro que sempre existem loucos, mas a maioria respeita. Consegui entender o motivo de ser tão fascinante acompanhar uma partida de futebol pelo Twitter".



As duas últimas novelas do horário nobre representam muito bem essa tendência: Avenida Brasil foi aclamada pelos internautas. Os passos de Nina, Carminha e companhia dominavam a timeline todas as noites, as falas da novela viraram épicos no site, vide "Me serve vadia, me serve" e o tão famoso #OiOiOi que é lembrado pelos fãs até hoje.


Já Salve Jorge, a sucessora de Avenida Brasil, foi recebida com certa hostilidade. Diariamente blogueiros influentes encabeçavam um grupo online que foi chamado pela própria autora de "bonde do recalque". Todos os passos dos personagens eram satirizados na seção quase semanal "Encontre o erro" do blog Morri de Sunga Branca, inclusive ganhando apelidos nada carinhosos dos internautas (Theo por exemplo, virou Phastheo). A autora bem que tentou se defender, dizendo que esse grupo "não sabia voar", mas acabou colocando mais lenha na fogueira, o último capítulo da novela ganhou a hastag #ultimovoô e foi acompanhado de perto pelos twitteiros fieis .



Seja falando sobre novela ou futebol, o que percebemos hoje é que cada vez menos identificamos aquele telespectador calado e passivo que a TV estava acostumada. Para o professor de Comunicação Social, Pedro Bragança (Pedrox) este novo momento dos telespectadores "É a forma que as pessoas tem de ampliarem o sofá de casa. O que antes faziam entre amigos ou parentes reunidos expandiu para uma sociabilização sem fronteiras geográficas/espaciais. Você conversa com gente que está fazendo a mesma coisa que você em qualquer lugar do Brasil ou do Mundo graças à segunda tela."

Se você costuma comentar sobre a novela ou o jogo de futebol, percebeu que não está sozinho, agora se és do time que fica incomodado com a narração que as pessoas fazem na timeline, o jeito é ficar offline.

Laura Quaresma