sexta-feira, 14 de junho de 2013

Quando o amor e o trabalho resolvem se encontrar

A música e a escrita são paixões de muitas pessoas, mas e se você decidir transformar o amor em profissão?


O Jornalismo cultural, a música e a escrita transformam a jornalista Monique Malcher em um ponto de luz para pessoas que acreditam no poder dos sonhos e das músicas que parecem nos acompanhar. Em entrevista ao Ovelha Pergunta, o trabalho de Monique como jornalista foi o tema central. Quando questionada sobre as dores e delícias de se trabalhar com jornalismo cultural no Pará, ela retorna aos tempos em que começara a trabalhar para explicar sua missão e sua história: “Não me importava com nada além de narrar as histórias que estavam no ar, aí percebi que não era mais apenas um passatempo, era o que eu sabia fazer, o que eu amo. Não há dificuldade para mim porque tudo que acontece de ruim nessa profissão eu tomo como aprendizado e aprender é bom. Estou aqui para ser a flor que fura o asfalto, gosto de trabalhar nos bastidores, gosto de ser um meio para a mensagem ir o mais longe possível, porque comunicar a cultura é estimular a educação, a vida, o futuro, nada me dá mais tesão que isso”.

Fora o trabalho, Monique é uma daquelas pessoas cuja alma transborda riqueza e amor. Sua vida foi permeada pela forte aliança que tem com sua avó Celina e embalada por nomes como Bob Dylan, Neil Young, Johnny Cash e David Bowie. Para ela, tais artistas se destacam por não ficaram presos apenas na música e sim por demonstrarem verdade a cada novo trabalho.

A defesa pela simplicidade e liberdade sem culpa são outras características marcantes da nossa entrevistada. Tanto que em seu álbum favorito, Blonde to Blonde, o que mais a encanta é a forma como Dylan fala sobre amor e vida mesclando simplicidade e profundidade.



Monique é a escolhida de hoje porque ao longo da vida tendemos a acreditar que as pessoas vão se homogenizando e perdendo sua essência. Graças aos infortúnios e decepções ao longo de nossa existência, algumas pessoas acreditam que todos são iguais, o que não é verdade. Algumas atitudes e influências podem transformar muito mais do que se imagina. Quando questionada sobre o que a música mudou em si e na forma como ela vê as pessoas, Monique revela que “A música mudou tudo, absolutamente tudo na minha vida. Foi com ela que enfrentei a morte, firmei amizades e consegui conhecer um pouco mais do mundo, a música me amadureceu e eu fui também entendendo o tempo dela. Grandes amores, despedidas, sonhos e principalmente minha escrita devo a essa arte. Pois foi com letristas e poetas como Bob Dylan que eu aprendi que preciso trilhar um longo caminho para um dia escrever algo que realmente toque o coração das pessoas. Posso dizer que eu tinha certos olhos e a música arrancou eles e me deu novos”.

A música, as artes e as grandes paixões de cada um de nós podem nos fazer pessoas melhores. Você não deve se limitar a ter apenas um mundo ou forma de pensar, a vida é transcendência e é interessante quando se compreende que despir-se de rótulos é indispensável. É preciso manter a esperança, o amor e a pureza de alma. O que seria da vida sem o equilíbrio entre o bem e o mal? sem a compreensão de que crescer dói, mas nos torna pessoas mais completas, mais conscientes e mais humanas?. Todos nós aprendemos algo que gostaríamos de compartilhar com o mundo. No caso da  Monique, com a música. Ela afirma que “a maior lição quando você ouve uma música é perceber que tudo tem que estar em sintonia. Cada instrumento, a letra, tudo tem que conversar para poder funcionar, e assim é a vida, nada funciona de verdade se não houver sintonia, verdade e sensibilidade. A música é uma das grandes metáforas da vida".

Para encerrar, ficamos com uma das faixas que inspiram Monique, e que todos deveriam conhecer.


Luana Coelho

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